terça-feira, 22 de junho de 2010

Um filho carente, um pai persistente e uma juíza inteligente.


O filho é Vítor Guidi, portador de uma doença degenerativa raríssima (gangliosidose GM1 tipo 2), que impede que seus neurônios se reproduzam. Ele vive numa cadeira de rodas e está com 21 anos de idade, embora os portadores desta enfermidade morram antes de fazer 11 anos.
O pai é Adolfo Guidi, que largou tudo para cuidar do seu filho, desde a descoberta do diagnóstico. Adolfo deixou o emprego de engenheiro mecânico, passou a viver de "bicos" em casa, que acabou perdendo por não conseguir pagar as prestações. Depois de questionar a Deus, ele se envolveu em projetos para alcançar "estes seres maravilhosos, puros, amorosos, carentes de atenção".
A juíza é Anne Karina Costa, encarregada de julgar o processo, já em grau de recursos, movido contra Adolfo para a retomada da casa. Numa audiência, Adolfo pediu para explicar a razão de não estar pagando o financiamento. Então, a juíza federal se lembrou do fundo formado com o dinheiro vindo das penas em forma de dinheiro, que são revertidas para entidade assistenciais. Anne se sensibilizou com um pai que abriu mão da sua carreira para cuidar do filho e o inscreveu como um projeto, o que lhe permitiu quitar sua dívida com os recursos desse fundo. Adolfo Guidi diz que sempre soube que não ia perder sua casa.
Tudo foi uma "grande obra de Deus".

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