quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A importância da Renúncia

“E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus. Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe. Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude. E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.” Marcos 10.17-22

Neste breve texto, vemos o reflexo daquilo em que os judeus acreditavam. Pensavam eles que as riquezas eram um sinal da aprovação de Deus e que os ricos teriam maiores possibilidades de serem salvos, ou seja, de alcançarem a vida eterna. Jesus, porém afirma nos versículos seguintes (23 e 24), após o diálogo com o jovem rico, que dificilmente um rico é salvo. Podemos entender que isso se dá mediante ao orgulho gerado pelos bens materiais, pelo apego demasiado a estes e aos benefícios gerados pelo mesmo. O jovem rico queria a salvação, mas não o sujeitar-se à vontade de Deus. Apesar de cumprir alguns mandamentos, ele rejeitou o mais importante deles, que consiste em amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento (Mateus 22:37). Assim também as Igrejas estão repletas de pessoas buscando a salvação, mas que em seu coração rejeitam o Senhorio de Deus em suas vidas, negando a necessidade de renunciarem.

Por renúncia compreende-se o entregar-se totalmente a Deus, colocando-O em primeiro lugar em sua vida, tendo-O não apenas como Salvador, mas também como Senhor. É dispor-se a escutar e a obedecer a voz de Deus, é deixar para segundo plano as suas próprias vontades e desejos. A renúncia posta em prática demonstra que entendemos a mensagem, que fomos tocados pelo Espírito Santo, que realmente amamos a Deus e que estamos nos tornando verdadeiramente seguidores de Cristo; fazendo assim, o seu querer, que é a mensagem do evangelho. Em Mateus 16:24-25 o próprio Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmos se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.” A renúncia é fruto da vontade de Deus em nossas vidas.

Devido ao orgulho, muitas vezes nós é penoso deixar de realizar a vontade própria e fazermos a vontade de Deus, mas ao final, é compensador, pois sabemos que estamos obedecendo à vontade do Criador Soberano. Obedecer e renunciar são as primícias da vida cristã. Nada pode suceder-se bem se não renunciarmos nossa vontade por amor a Deus. Nada em nós é significantemente bom quando comparado ao que Deus fez e faz por nós a cada momento.

A falta de renúncia é desobediência, que além de repercutir de forma negativa sobre nosso relacionamento com Deus, também nos leva ao nanismo espiritual, que de igual modo nos levará a sermos pseudo-cristãos travestidos de pseudo-piedade. Não podemos nos esquecer que o futuro nos reserva um prestar de contas a Deus pelos nossos atos e omissões. Mediante esse fato, somos indagados: Quem (ou o quê) vem ocupando o primeiro lugar em nossa vida? Deus, sua lei e seus princípios ou os fúteis entretenimentos que nos levam à perdição, ofertados por este mundo?

Que possamos estar alertas e dar ouvidos as palavras de Eclesiastes 11.9,10 que diz: “Sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas. Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário